O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta segunda-feira (12) que tenha feito qualquer acordo ou que possa dar acesso diferenciado às Forças Armadas para uma apuração paralela das eleições. De acordo com nota oficial da Corte, não houve alteração em relação ao que estava definido no primeiro semestre. Os militares poderão consultar os boletins de urna nas eleições 2022 assim como quaisquer cidadãos, tal qual acontece em todas as eleições.
A nota do TSE foi divulgada após o jornal “Folha de S.Paulo” informar que as Forças Armadas vão destacar militares para fazer a conferência de 385 boletins de urna, fazendo fotos do QR Code desses informes que são afixados nas portas das seções eleitorais ao fim do pleito. De acordo com o jornal, conferindo os resultados desses 385 boletins com os números que estarão disponíveis no TSE, os militares acreditam que será possível assegurar, com 95% de confiabilidade, que os resultados correspondem à realidade.
“O Tribunal Superior Eleitoral informa, em relação à apuração das eleições 2022, que não houve nenhuma alteração do que definido no primeiro semestre, nem qualquer acordo com as Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos TREs, cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral”, informou a Corte.
O TSE ainda reteirou que a contagem por meio da somatória dos boletins de urna já é possível há várias eleições. “Para o pleito deste ano, foi implementada a novidade de publicação dos boletins de urnas pela rede mundial de computadores, após o encerramento da votação para acesso amplo e irrestrito de todas as entidades fiscalizadoras e do público em geral”, explicou a Corte.
A Justiça Eleitoral ainda enfatizou que, como ocorre há diversas eleições, qualquer interesado “poderá ir às seções eleitorais e somar livremente os boletins de urnas, de uma, de dez, de trezentas ou de todas as urnas”.
JORNAL O TEMPO