Barragem de mineradora tem trincas de até 300 metros

As trincas identificadas na barragem CDS II, da AngloGold Ashanti, em Santa Bárbara, na Região Central de Minas Gerais, têm até 300 metros de comprimento. A informação foi confirmada neste sábado (10) pela mineradora, que garante que a estrutura segue estável e segura.

“As trincas identificadas na estrutura possuem menos de um centímetro de espessura e até 300 metros de comprimento intermitente. Elas não apresentam, para a estrutura, risco iminente de ruptura”, afirmou a AngloGold, em nota.

Segundo a AngloGold, as trincas foram detectadas em vistorias de rotina e levaram à declaração, de forma preventiva, do nível 1 de emergência da barragem.

“Neste nível, não é necessário o acionamento de sirenes ou a evacuação da zona de autossalvamento, pois não há risco iminente de rompimento”, disse a mineradora.

 

De acordo com a AngloGold, a estrutura “possui videomonitoramento 24h e passa por inspeções e monitoramentos constantes”. Após a conclusão da fase de estabilização, a próxima etapa será de selamento das trincas.

A barragem CDS II não está mais em operação e passa por processo de descaracterização.

O que diz a Agência Nacional de Mineração

 

  • A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou que a descoberta durante vistoria do órgão foi a causa da declaração do nível 1 de emergência da barragem CDS II, e que essa inspeção foi feita no dia 23 de maio, mas depois a ANM realizou outras nos dias 25 de maio e 2 e 6 de junho.
  • Ainda segundo a ANM, se houver progressão dessa trica, pode haver comprometimento da segurança e da estabilidade.
  • Atualmente, foram detectadas duas trincas: umade 100 metros e a outra de 300 metros.
  • A ANM exigiu a contratação de consultoria, análises, investigações, auditoria externa, paralisação das obras em andamento e estar em prontidão em tempo integral e disse que acompanha o caso, diuturnamente, com reuniões periódicas e vistorias.

G1 MG