Cabo da PM é suspeito de atirar e matar sem-teto durante incêndio em casa abandonada em BH

Um cabo da Polícia Militar (PM) é suspeito de atirar e matar um sem-teto, na madrugada desta quinta-feira (16), no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO) da corporação, uma guarnição do Tático Móvel foi chamada por uma sem-teto que ocupava uma casa abandonada, na Rua Niquelina, porque um homem “transtornado” – possivelmente pelo uso de drogas e álcool – colocou fogo no imóvel. O sem-teto, de 37 anos, segundo o BO, gritava que mataria “todo mundo” queimado.

Os PMs socorreram a mulher e, ao chegarem ao local, encontraram a casa em chamas e começaram a procurarar pelo suspeito que teria provocado o incêndio.

O BO informa ainda que o sem-teto apareceu “subitamente do escuro de posse de uma barra de ferro e de uma faca e passou a caminhar ameaçadoramente” na direção de um cabo da PM, que teria advertido o homem por duas vezes para que ele soltasse as armas.

Contudo, segundo o documento policial, apesar das advertências, o homem continuou a caminhar na direção dos policiais e, temendo pela integridade física do grupo, o cabo atirou três vezes.

O homem foi socorrido e levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde morreu.

A pistola Taurus e as munições da PM foram recolhidas e serão periciadas. A barra de ferro e a faca também foram apreendidas.

O que diz a Polícia Militar

 

Por meio de nota, a corporação informou que a “Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclarece que nas ocorrências onde há disparo de arma de fogo, há condução do policial militar e adotadas todas as medidas de Polícia Judiciária Militar cabíveis ao fato”.

O incêndio

 

O incêndio na casa teve chamas altas e muita fumaça. O imóvel é abandonado e foi invadido por sem-teto.

Às 6h, o incêndio já havia sido controlado pelo Corpo de Bombeiros. Foram necessários 6 mil litros de água para apagar o fogo. O excesso de material reciclável dificultou os trabalhos. A rua foi interditada para que os militares trabalhassem.

“Todos os cômodos, como tinham muito material combustível, ele entrou em combustão, nós não conseguimos realizar o combate interno, tivemos que realizar incialmente o combate externo, depois o rescaldo por causa dessa grande quantidade de material. Não houve risco para os imóveis no entorno, tem um afastamento dessas residências, desses imóveis, ficou concentrado somente na parte interna deste imóvel, não levando risco para os vizinhos”, explicou o tenente do Corpo de Bombeiros Felipe Biasibete.

G1 MG