Defesa pede adiamento de depoimentos dos policiais rodoviários federais à PF na investigação de Varginha

A pedido da defesa, por meio requerimento, foram adiados para a próxima semana o início dos depoimentos dos policiais rodoviários federais envolvidos na operação que terminou com a morte de 26 suspeitos de integrar uma quadrilha especializada de roubo a bancos, em Varginha.

Inicialmente, as oitivas estavam marcados para esta sexta-feira (24), na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Belo Horizonte.

Segundo informações obtidas junto à Polícia Federal (PF), o advogado que representa os 28 policiais intimados pediu para que todos sejam ouvidos na próxima semana e que parte seja por meio de vídeo conferência. Ele alegou que a maioria mora em outros estados do Brasil, mas garantiu que todos vão atender à intimação e comparecerão. O pedido foi deferido pela PF.

O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, nesta quinta-feira (23), que a PF poderá pedir à Justiça Militar os depoimentos dos militares que atuaram nesta operação, quando 26 suspeitos de envolvimento em roubo a bancos morreram e nenhum policial ficoi ferido. A declaração ocorreu quatro dias após a data marcada para que começassem as oitivas de 22 policiais militares, na sede da corporação, na capital.

“Nós temos uma ocorrência que envolve militares, e a legislação fala que cabe a um Tribunal Militar fazer a investigação e isso está sendo conduzido. O depoimento que estes policiais fizeram à Justiça Militar pode, se a Polícia Federal solicitar, ser devidamente enviado à Polícia Federal. Eu saliento aqui que o estado tem todo interesse para que as apurações sejam feitas da maneira mais célere e mais aprofundada possível, disponibilizando dados”, afirmou o governador.

 

Diante da negativa do Comando-Geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) de liberar esses militares para deporem, a PF já havia informado que intimaria novamente todos eles. Segundo fontes ligas às investigações, os militares, na condição de investigados, têm direito a comparecer ou não, e mesmo de permanecer em silêncio perante os investigadores. Mas o Comando-Geral não pode impedi-los de comparecer, caso queiram.

G1 MG