Mercado financeiro reduz estimativa de inflação e de crescimento do PIB em 2021.

Analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação e de crescimento econômico pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.

Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (27), a projeção dos economistas para a inflação recuou de 10,04% para 10,02%. O indicador entra na terceira semana seguida de queda.

A informação confirma o estouro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional de fechar o ano com a inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5% para mais ou menos.

Caso a expectativa se confirme, será a primeira vez desde 2015 que a taxa da inflação ficará na casa dos dois dígitos.

A pesquisa, que colheu dados com mais de 100 instituições financeiras na última semana, traz uma projeção da inflação para 2022 de 5,03%, pouco acima do teto do objetivo, que é de 3,50%, também com margem de erro de 1,5%.

A previsão de crescimento do PIB, que soma todos os bens e serviços produzidos no país, caiu de 4,58% para 4,51%.

Para 2022, a expectativa também é de queda do PIB de 0,50% para 0,42%. A projeção contraria previsão dos analistas no começo de 2021, que esperavam uma alta de 2,5% para a economia no próximo ano.

Já a expectativa dos economistas para a Selic, que mede a taxa básica de juros, foi mantida em 11,50% ao ano para o fim de 2022, o que pressupõe alta do juro básico da economia no próximo ano.

Atualmente, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, o maior patamar em mais de quatro anos.

JORNAL O TEMPO