O candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, fez um pronunciamento nesta segunda-feira (26), em São Paulo, no qual reforçou que irá manter sua candidatura. A fala do pedetista se dá em meio a pressões, sobretudo da campanha do ex-presidente Lula (PT), pelo chamado voto útil, mirando uma vitória petista já no primeiro turno.
No discurso, Ciro se disse alvo de campanhas nacionais e internacionais de intimidação, mentiras e “operação de destruição de imagem”. Na última quarta-feira (21), lideranças de esquerda da América Latina assinaram um manifesto pedindo a retirada de sua candidatura e apoio ao nome de Lula.
“Agora, na reta final da campanha mais vazia da história, embalam tudo no falso argumento do voto útil. Com essa pregação, querem eliminar a liberdade das pessoas de votarem, no regime de 2 turnos, primeiro no candidato que mais representa seus valores e, se for o caso, de optarem depois por aqueles que mais se aproximem de suas ideias”, disse Ciro.
Ciro Gomes também reiterou críticas que tem feito tanto a Lula como ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de citar as posições bolsonaristas de questionamento às urnas eletrônicas, disse que as eleições promoverão um “estelionato eleitoral”.
“O Brasil está à beira de sofrer sua maior fraude eleitoral na história. Não a mentirosa fraude das urnas eletrônicas inventada por Bolsonaro, mas a fraude do estelionato eleitoral que sofrerão as vítimas que apertarem nas urnas invioláveis o 13 ou o 22. As urnas são de fato invioláveis, mas a legítima vontade popular está sendo tremendamente violada”.
JORNAL O TEMPO