Operação da Polícia Civil de Alagoas prende seis pessoas em Minas Gerais e Espírito Santo.

A Polícia Civil de Alagoas deflagrou uma operação no Espírito Santo e em Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (11), para desarticular um grupo criminoso que aplicava golpes milionários em vítimas de diversos estados. Seis pessoas foram presas.

As investigações apontam que, somente em Alagoas, as vítimas perderam R$ 1,3 milhão. Somando o prejuízo de todas as vítimas identificadas até agora, a quadrilha lucrou cerca de R$ 10 milhões em um ano e meio.

Os crimes foram descobertos e investigados pela polícia alagoana, mas os criminosos são de outros estados. Foram cumpridos seis mandados de prisão e sete de busca domiciliar nos municípios de Serra (ES), Vila Velha (ES) e Teófilo Otoni (MG), todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares, computadores, veículos e documentos.

Crimes praticados

De acordo com o delegado José Carlos, responsável pelas investigações, os envolvidos no esquema obtinham criminosamente dados de idosos das forças armadas e se passavam por funcionários de associações de pecúlio para obter dinheiro das vítimas.

Idosos eram levados a acreditar que possuíam valores a receber da extinta Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios Beneficente (Capemi) e pagavam aos envolvidos no esquema quantias a título de honorários ou taxas.

“Após o primeiro pagamento, outros envolvidos faziam novos contatos para fazer o que o grupo chamava de repique: criar novos embaraços para obter mais dinheiro. Somente de duas vítimas de Alagoas os envolvidos lucraram mais de R$ 1,3 milhão. Além da prática de estelionato contra idosos, o grupo chegava a praticar extorsão em alguns casos”, disse o delegado.

José Carlos disse ainda o homem identificado como chefe da quadrilha casou na última segunda-feira numa cerimônia onde uma limousine foi utilizada.

“Nós acompanhamos a cerimônia, que foi transmitida pelo Instagram. Ficamos muito preocupados dele sair em lua de mel e não ser encontrado. Hoje nós achamos até a nota fiscal das alianças, que custaram R$ 17.500, e apreendemos a aliança da noiva”, concluiu.

A operação foi chamada de “Imitatore”, porque os envolvidos imitavam vozes para enganar as vítimas.

G1 MG