Queiroga compara pandemia à guerra e diz que o Brasil está próximo de vencê-la.

“A pandemia é como uma guerra. Nós estamos muito próximos de vencer a guerra. Agora temos que trazer os nossos soldados de volta para casa em segurança. É isso que nós vamos fazer”. A afirmação é do ministro da Saúde Marcelo Queiroga após reunião no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (17).

Ele esteve na Corte no início da noite para informar ao ministro Luiz Fux, presidente da Corte, que o governo federal estuda uma transição da situação da pandemia de Covid-19 para endemia.

A ideia é ventilada desde o Carnaval, mas ganhou ainda mais força depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, no início do mês que março, que Queiroga estava estudando rebaixar o status da pandemia.

Nesta quinta, o ministro da Saúde defendeu que as mudanças não serão abruptas e disse que não é uma prerrogativa dele próprio, sozinho, transformar a pandemia em endemia. “O que o ministro faz é, dentro da lei, estabelecer a duração da emergência sanitária de importância nacional em conformidade com o regulamento sanitário internacional”, afirmou, destacando que outras pastas também participam da tomada de decisões.

Ainda segundo Queiroga, a duração da emergência sanitária deve levar em consideração o contexto de desaceleração do coronavírus “na maior parte do país e em alguns estados e municípios já está rumando para uma situação de controle”.

Em um cenário de fim da emergência sanitária, Queiroga reforçou que será necessário continuar com a vacinação. “É isso que nós vamos fazer. Discutir com a sociedade civil para tomar uma medida que seja segura, sem interromper as políticas públicas. Por exemplo, é necessário que se preserve as vacinas para quem precisa dela”, declarou.

O chefe da pasta da saúde tem dialogado com os presidentes de outros poderes. Já encontrou o deputado Arthur Lira (Câmara) e o senador Rodrigo Pacheco (Senado) para conversar sobre o tema. Os encontros, segundo Queiroga, são uma recomendação de Bolsonaro.

O Advogado-Geral da União Bruno Bianco também esteve no Supremo acompanhando a audiência, que durou pouco mais de meia hora.

JORNAL O TEMPO