sábado , 7 junho 2025
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‘Tribunal do crime’ em Belo Horizonte: polícia prende grupo suspeito de torturar moradores do Aglomerado da Serra

Quatro homens foram presos, nesta sexta-feira (13), suspeitas de participação em casos de torturas a moradores do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Duas vítimas já identificadas passaram pelo “tribunal do crime”, onde foram acusadas, julgadas e condenadas.

De acordo com a Polícia Civil, 12 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão são cumpridos na capital mineira e na cidade de Patrocínio, no Triângulo Mineiro, onde foi localizado, segundo a instituição, um dos chefes do grupo. 

Conforme informações do delegado Emílio de Oliveira e Silva, as investigações começaram em 2019, quando a polícia recebeu a informação que uma mulher foi torturada após recusar ter um relacionamento com um dos integrantes da quadrilha. 

Em abril do ano passado, um homem também foi espancado após, supostamente, furtar garrafas de vinho em um comércio da região. 

“Os integrantes dessa organização criminosa fizeram uma avaliação de que aquela conduta ofendia, contrariava os interesses do grupo, dos seus integrantes e submeteram essas vítimas a longas horas de tortura. Cerca de sete, oito horas de tortura com cabelos queimados, golpes de facão, coronhada, golpes de enxada, cassetetes. Além disso, depois obrigavam essas vítimas a se mudarem do local”, explicou o delegado.

A polícia não descarta que outras pessoas tenham sido vítimas do grupo, mas não denunciaram por medo já que os familiares ainda permanecem no aglomerado. 

“Esse grupo acusava, julgava, condenava e executava suas próprias decisões. Em razão disso imprimia torturas, lesões corporais gravíssimas nas suas vítimas, sem nenhum tipo de limite e restrição”, afirmou o policial.

 

Veja o que foi apreendido nesta manhã durante a operação:

  • Aproximadamente R$ 15 mil em dinheiro;

  • Radiocomunicadores;

  • Três cadernos com anotações do tráfico;

  • Uma arma ponto 40 e munição (a arma foi furtada de um PM e teve a numeração raspada);

  • Três facas;

  • Um cassetete;

  • Três celulares;

  • Uma gandola (farda) do Exército;

  • Dois relógios;

  • Um tablete e duas buchas de maconha;

  • Um cofre que ainda está lacrado.

 

G1 MG

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