Município vive o auge do crescimento econômico e populacional, com a construção de uma das maiores fábricas de celulose do mundo.
A cidade de Ribas do Rio Pardo foi escolhida para sediar o Projeto Cerrado, da empresa Suzano, que atraiu mais de 10 mil trabalhadores temporários e investimentos de R$ 22,2 bilhões. Os novos habitantes são chamados de população flutuante e representam um desafio para o município, que se ajusta para acomodar os antigos e recentes moradores. (Veja o infográfico abaixo)
A população da cidade chegou a 23.150 pessoas no Censo de 2022, o que representa um aumento de 10,52% em comparação com o Censo de 2010. Contudo, nos últimos dois anos, o município vive o auge do crescimento econômico e populacional, após a chegada da nova fábrica de celulose, a maior em linha de produção do mundo.
A TV Morena estreia nesta terça-feira (5), no MS2, uma série de reportagens que mostra a nova realidade de Ribas do Rio Pardo. A produção mostra, em 3 episódios, os desafios da chegada de uma grande indústria e o crescimento fora do comum.
Com o início da obra, em 2021, a cidade passou por pequenas explosões populacionais depois que os moradores se juntarem aos trabalhadores, especialmente no pico da obra, que foi atingido em abril deste ano. O fluxo de pessoas no município é intenso com aproximadamente 33.150 habitantes.
O prefeito da cidade, João Alfredo Danieze (PSOL), explica que a chamada população flutuante é o conjunto de pessoas que permanecem por um período e depois vão embora.
“Temos aproximadamente 10 mil pessoas trabalhando na cidade, elas fazem parte da chamada população flutuante, que estão aqui para um determinado serviço e depois de um período vão embora. Estamos no auge da construção, fora os empregos indiretos que isso gera na cidade.
A fábrica foi anunciada em 12 de maio de 2021, tivemos várias demandas e estamos trabalhando pontualmente em cada uma dessas minimizados os efeitos desse impacto”.
Ribas do Rio Pardo vive o auge do crescimento econômico e populacional — Foto: Prefeitura de RIbas do Rio Pardo
Como exemplo, a falta de mão de obra especializada fez com que o gerente de um concreteira , o Joel de Matos, precisasse trazer para o município mais de 60 pessoas de outros estados para trabalhar na construção da fábrica. Segundo ele, grande parte dos funcionários vieram da região nordeste.
“A falta de funcionários na região fez com que trouxéssemos 90% dos nossos trabalhadores de fora, basicamente do nordeste. Para acomodar, criamos repúblicas para alojar estes funcionários. A empresa se instalou no município em março de 2021 e foi a primeira concreteira em foco para atender o projeto, chegamos a trabalhar com 45 caminhões e 80 funcionários no pico da obra”.