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Comprar alimento perto de vencer custa até 70% mais barato em app

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Comprar alimento perto de vencer custa até 70% mais barato em app
Carne, queijo e cerveja estão entre os itens para comprar com desconto. Varejista também consegue negócio a ‘preço de fábrica’.

Apps ofertam carnes e outras proteínas, vegetais, itens de limpeza entre outros

alta nos preços dos alimentos está fazendo muitas famílias mudarem seu hábitos de consumo, trocar marcas de produtos e buscarem soluções mais em conta para colocar comida à mesa.

Uma alternativa que vem atraindo consumidores é a compra de produtos com datas próximas ao vencimento em aplicativos e que oferecem até 70% de desconto. É o caso do app SuperOpa.

A plataforma, disponível apenas para celular, nas versões Android e iOS, reúne produtos retirados diretamente da indústria para vender para o consumidor final sem passar por intermediários.

Só esta operação já renderia uma certa economia ao comprador.

Com a proximidade da data de vencimento, os preços caem ainda mais e tornam o produto – a maior parte perecível – atrativo para o consumidor.

Decidimos concentrar nossas vendas estrategicamente pelo celular porque o público que queremos atingir, famílias das classes C, D e E, utilizam mais esta ferramenta. A maioria não tem acesso a um notebook ou computador.

 LUIS BORBA, CEO DE SUPEROPA

Entre os itens mais comercializados no site, estão:

• Picanha fatiada (que é possível encontrar por até R$ 30 o kg)
• Carne moída
• Pão de alho
• Filé de tilápia
• Camarão
• Cerveja

Apesar de o chamariz da plataforma serem os produtos com prazo de validade próximo de expirar, também é possível comprar itens que podem complementar um churrasco, como farofa e carvão, por exemplo.

O valor mínimo para a compra de comida é de R$ 120 e par bebida de R$ 70. A taxa de entrega varia de R$ 9 a R$ 11,90, conforme o CEP de entrega.

Atualmente a SuperOpa atende somente os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Esses últimos apenas no interior, nas cidades próximas à divisa com o estado paulistano.

“Também fazemos promoções conforme os produtos que chegam da indústria. Se a Ambev libera uma carga gigante de cerveja, abrimos promoção com frete gratuito para vendermos mais rápido”, conta Borba.

Programar compra mensal em app gera economia

Outra empresa, a Shopper, aposta nas compras programadas para negociar melhores preços com fornecedores.

Funciona assim: o consumidor faz o cadastro na plataforma, salva a sua lista de compra e todos os meses a empresa envia recado avisando sobre a proximidade da data para ele checar se quer fazer algum ajuste, acrescentar ou retirar algum item.

99% das pessoas ajustam a cesta de um mês para o outro. Algumas mudam a data e outras até pulam entregas ao longo do ano. Nosso modelo de negócio é flexível, mas quando agregamos mais gente conseguimos uma previsibilidade alta e, com isso, maior poder de compra com o fornecedor.

FÁBIO RODAS, CEO DA SHOPPER.

O formato de pré-agendamento de compras pode render de 12% a 25% de economia para o consumidor, segundo Roda.

“Quando falamos de produtos de grande saída como itens de limpeza, papel higiênico, amaciante e sabão em pó, e de higiene, como sabonete e pasta de dente, por exemplo, é certo que o consumidor precisa de reposição todos os meses. Sabendo disso, fazemos um planejamento mensal e compramos com antecedência com o fornecedor. Dessa forma conseguimos bons preços”, pontua o CEO da empresa.

Recentemente a Shopper lançou o serviço de compra semanal de perecível que traz itens como iogurte, queijo, frios e frutas.

“No caso dessas cestas nós esperamos o cliente fechar o pedido para encomendar para o fornecedor para não corrermos o risco de perdas”, afirma Rodas.

Leilão ajuda pequeno varejista a negociar preço

Não é apenas o consumidor final que vem desfrutando de serviços que oferecem opções de preços mais atrativas.

Empresários do pequeno varejo também contam com uma plataforma que oferece produtos  “a preço de fábrica” para esse público.

É o caso da Souk que negocia produtos perecíveis de proteína animal que estão com data de vencimento inferior a 90 dias – prazo trabalhado pela indústria – para os pequenos negócios.

Para a indústria, um pedaço de peito de peru que resta menos de 90 dias para vencer é um problema, para uma padaria de bairro não.

ROBERTO ANGELINO FILHO, SÓCIO E CEO DA SOUK

O motivo é simples, segundo ele, as grandes redes supermercadistas não se arriscam a adquirir produtos com prazo inferior a três meses antes do vencimento porque têm uma cadeia logística muito grande e correm o risco de o produto chegar a uma unidade perto da data limite de comercialização. O que poderia gerar prejuízo.

“O pequeno comércio trabalha com um prazo menor, normalmente com a reposição semanal, por não ter espaço para estoque. Então, para ele, adquirir um produto com vencimento para daqui um mês ou até menos, não há problema”, afirma Antelino Filho.

Entre as companhias que ofertam seus produtos na plataforma, estão: Seara, Seara Gourmet, Tirolez, Mondelez, Massa Leve, Doriana, Nestlé DPA e Forno de Minas.

R7.COM