Preso desde o dia 20 de outubro como suspeito de matar e enterrar a namorada, o pecuarista Alexandre Vaz Nunes, de 54 anos, possuía um catálogo com os perfis de 205 mulheres que conheceu por meio das redes sociais.
Os dados foram encontrados pela Polícia Civil na casa de Alexandre, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Eles estavam armazenados em 17 pen-drives, que ficavam guardados dentro de um cofre. No mesmo local, também foram achadas armas e munição.
De acordo com o delegado-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Felipe Vivas, foram identificadas conversas que o suspeito teve com 205 mulheres entre 40 e 60 anos, que haviam sido catalogadas por nome, idade e a cidade de onde elas são.
Assim como as mulheres que tiveram o perfil armazenado, Alexandre também conheceu a vendedora Roseli Valiate Farias, de 47 anos, pela internet, após o marido dela morrer vítima da Covid-19. Ela foi encontrada morta com um tiro na cabeça em uma estrada de Presidente Kennedy. Alexandre confessou o crime e indicou o local onde havia enterrado a namorada.
Parentes da vendedora disseram à polícia que a Roseli estava se relacionando com o pecuarista há poucos meses e que recentemente descobriu que o homem usava um nome falso e era casado. As investigações apontam que ela tentou terminar o relacionamento e isso pode ter motivado o crime. No entanto, o inquérito do caso ainda não foi concluído.
De acordo com o delegado Felipe Vivas, a polícia de fato descobriu que Alexandre usava o nome falso de Fernando Schereder nas redes sociais. Na casa dele havia um crachá com a foto verdadeira, mas com o nome de Gustavo Hoffman e a função de engenheiro.
O delegado afirmou que as mulheres cujos perfis foram encontrados armazenados não serão acionadas, já que o motivo do inquérito é o assassinato de Roseli. Contudo, Vivas orientou que as mulheres procurem a Polícia Civil caso tenham sofrido algum tipo de golpe ou prejuízo envolvendo o homem preso.