Avanço da delta: Hospital da PM no Rio chega perto da lotação em 2 semanas

O avanço da variante delta no Rio causa preocupação na direção do HCPM (Hospital Central da PM), principal referência no atendimento a policiais militares no estado. Documentos internos da corporação mostram que, na última segunda (23), a unidade localizada na região central da capital estava com 33 dos 35 leitos voltados para pacientes com covid-19 ocupados. Em 9 de agosto, havia 19 pacientes.

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Foto internet: HCPM (Hospital Central da PM)

A situação na unidade da PM é mais um reflexo do quadro atual no Rio. No estado, 61% das UTIs para covid estão ocupadas, e seis municípios estão com lotação máxima nesse tipo de leito. Na capital, a ocupação nas UTIs da rede pública municipal para tratar a doença se mantém acima de 95% há há ao menos duas semanas.

 

Ontem, a fila de espera para um leito de UTI covid em todo o estado tinha 46 pessoas.

Para leitos de enfermaria covid, 39. Há um mês, este número era de 11 e três pessoas, respectivamente.

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Reforço no atendimento de internados Diante do aumento na demanda, a subdiretora técnica do HCPM, tenente-coronel Alessandra de Martino Mota, pediu para que sejam reavaliadas a reabertura de agendas para consultas ambulatoriais e a realização de cirurgias efetivas.

O principal objetivo é liberar oficiais médicos e enfermeiros para reforçar o atendimento a pessoas internadas com o coronavírus. Também na segunda-feira, a chefe da Seção de Enfermagem do HCPM, major Lucilia Rosa Alves dos Santos, já havia solicitado o reforço de dois oficiais enfermeiros para a ala de covid, que ocupa o 5º andar do hospital.

 

“Devido ao recrudescimento dos casos de covid, há uma elevação no número de internações, os pacientes são complexos, ansiosos e dependentes de oxigenoterapia e demandam muito da assistência do enfermeiro”.

 

(Trecho de documento interno da PM-RJ)

Em nota, a assessoria de imprensa da PM afirmou apenas que, “desde o início da pandemia, o HCPM segue ininterruptamente os atendimentos e internações, adequando-se às demandas sempre que necessário”.

 

A PM diz já ter registrado “cerca de 5.600 casos confirmados e 85 óbitos em decorrência da covid”. O efetivo total, segundo registros de fevereiro, era de 44.216 policiais.

 

Não há no processo administrativo que trata das mudanças para reforçar o atendimento aos pacientes com covid resposta para o pedido feito pela subdiretora técnica Alessandra de Martino Mota