A ação recebeu o nome de Operação Bumerangue, que cumpre seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos. Segundo a PF, funcionários dos Correios também participavam do esquema criminoso.
O esquema consistia em enviar pelos Correios objetos protegidos por seguro, no valor de cerca de R$ 10 mil. As encomendas tinham como destino diversas cidades no Pará. Empregados da empresa extraviavam os pacotes propositalmente. Com isso, os criminosos reclamavam que os produtos não tinham sido entregues e pediam o pagamento do valor do seguro. A apuração aponta que o grupo agia há pelo menos um ano.
Os investigadores identificaram que os criminosos sequer mandavam a mercadoria em muitas ocasiões, colocando até mesmo pedaços de madeira para simular que fossem celulares, por exemplo. Os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem atingir 19 anos de prisão.
A PF afirma que a investigação contou com o apoio dos Correios, que ajudou a identificar os envolvidos e elaborou métodos para evitar esse tipo de prática no futuro.
Os Correios anunciaram que a operação é resultado de informações fornecidas pela estatal e que a instituição continua atuando em apoio com as autoridades. A empresa declarou que mantém estreita parceria com os órgãos de segurança pública para prevenir a ocorrência de delitos nos serviços postais.
A instituição classificou como “inaceitável a conduta de colaboradores ou prestadores de serviços, totalmente dissociada dos padrões e valores defendidos pela empresa”. Os Correios informaram que a instituição já adotou as medidas disciplinares que o caso requer.