Brasileiros presos na Tailândia: após condenação de Mary Hellen, defesa de Jordi espera pena igual ou menor em julgamento por tráfico internacional de drogas.

Após a defesa Mary Hellen Coelho Silva divulgar a condenação dela a 9 anos e seis meses de prisão por ter sido flagrada com cocaína, na Tailândia, o advogado de um dos outros dois brasileiros presos na mesma situação que a jovem informou que espera pena parecida ou menor para o cliente.

Mary Hellen, teve a sentença proferida na quarta-feira (11) na Tailândia, mas os advogados tomaram conhecimento da decisão na madrugada desta quinta-feira (12), por meio de um e-mail do consulado brasileiro.

De acordo com a advogada Kaelly Cavoli Moreira, Mary Hellen foi condenada a 9 anos e 6 meses de prisão, sendo dois anos, por crime civil e 7 anos e 6 meses por crime penal.

Nesta quinta, o advogado de Jordi, Petrônio Cardoso, disse que espera que a pena estipulada ao jovem seja de “mesmo patamar para menor” do que a condenação de Mary Hellen, considerando que ele estava sozinho quando foi preso, com quantidade menor de droga, e por ser réu primário.

A defesa de Jordi estima que ele deve ser julgado na terça-feira (17).

Além dela, foram presos dois paranaenses, no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok: Jordi Vilsinski Beffa, de 23 anos, e Ricardo de Almeida da Rosa, de 26 anos.

Ricardo embarcou para a Tailândia junto com Mary Hellen, segundo as investigações. Os três foram presos após serem flagrados com 15,5 quilos de cocaína, segundo autoridades do país.

Até a última atualização desta reportagem, o g1 tentava localizar a defesa de Ricardo Rosa.

Prisão no aeroporto

 

Desde o início do caso, a família do paranaense se mostrou preocupada e alegou que sequer sabia a respeito da viagem internacional. Os pais dele descobriram a prisão por mensagens que Beffa trocou com amigos.

A família do paranaense informou que ele saiu de casa com somente uma mala e que esta mala citada não aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades tailandesas, mas somente outra mala, que eles desconhecem a origem.

O advogado não soube dizer se ele deixou a bagagem em algum local ou se as autoridades não fotografaram a mala vista pela família.

Cocaína estava escondida em compartimento oculto da bagagem dos brasileiros, segundo as autoridades tailandesas — Foto: RPC/Reprodução

Primeiramente, foram presos Ricardo, de 26 anos, e Mary Hellen. Eles saíram de Curitiba e, após escalas, chegaram ao país.

A droga foi encontrada com o homem e a jovem após a equipe do aeroporto desconfiar de itens mostrados no raio X.

Os funcionários da alfândega revistaram as três malas dos passageiros e encontraram 9 quilos de cocaína. A droga estava escondida em um compartimento oculto.

Horas depois, as autoridades prenderam o jovem de Apucarana. Ele chegou ao aeroporto em outro voo.

Em uma operação realizada na semana passada, a Polícia Federal (PF) prendeu uma mulher, em Curitiba, suspeita de aliciar os brasileiros presos com drogas no exterior.

O Itamaraty informou que acompanha a situação e que presta assistência aos brasileiros, mas não detalhou o que está sendo feito em relação ao caso. O órgão disse ainda que “em observância ao direito à privacidade”, não pode fornecer dados específicos sobre “casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.

A Tailândia foi, por um tempo, um dos países onde o tráfico de drogas podia ser punido com pena de morte. O mesmo ocorre em outros países do Sudeste Asiático.

Na quinta-feira (5), o Itamaraty destacou que foi promulgada, em dezembro de 2021, uma nova lei de entorpecentes na Tailândia, que não inclui a pena de morte entre as possíveis punições para casos de condenações relacionadas ao uso, consumo, produção e tráfico de drogas.

G1 MG