Entre os italianos, já foram contabilizadas mais de 9 mil mortes. Dr. Julian disse que começou a pedir ajuda a Deus em função da luta contra a doença Covid-19.
– Nunca, nos meus pesadelos mais sombrios, imaginei ver e experimentar o que estava acontecendo na Itália em nosso hospital nas últimas três semanas. (…) Agora, não somos mais médicos, mas classificadores que decidem quem deve viver e quem deve ser enviado para casa para morrer. (…) Até duas semanas atrás, meus colegas e eu éramos ateus. Era normal porque somos médicos. Tínhamos aprendido que a ciência exclui a presença de Deus – relatou
EXEMPLO
Em meio ao caos, o médico ficou impressionado com a atitude de um paciente. Foi a postura de um pastor, infectado pelo vírus, que ajudou Julian a rever seus conceitos. O médico chegou a admitir que, no passado, chegou a criticar a fé dos pais, que iam para a igreja, mas o exemplo que viu recentemente no hospital, mudou tudo.
– Nove dias atrás, um pastor de 75 anos foi internado no hospital. Ele era um homem gentil. Ele tinha sérios problemas respiratórios. Ele tinha uma Bíblia e nos impressionou como lia para os moribundos enquanto segurava a mão deles. Nós, médicos, estávamos todos cansados, desanimados, psicologicamente e fisicamente acabados. Quando tivemos tempo, ouvimos ele. Tínhamos atingido nosso limite. Não podíamos fazer mais nada. Pessoas estão morrendo todos os dias. Estamos exaustos. Dois colegas morreram e outros foram infectados. Precisávamos começar a pedir a ajuda de Deus – declarou Urban.
O médico contou ainda que o pastor faleceu. Porém, a fé continuou no hospital.
– Quando conversamos um com o outro, não podemos acreditar que, embora já tenhamos sido ateus ferozes, agora estamos diariamente em busca da paz, pedindo ao Senhor que nos ajude a continuar para que possamos cuidar dos enfermos. Apesar de ter tido mais de 120 mortes aqui em 3 semanas, não fomos destruídos. Ele [o pastor] conseguiu, apesar de sua condição e nossas dificuldades, trazer-nos uma paz que não esperávamos encontrar – falou.
Apesar de todas as dificuldades, ele disse também que está grato pelo encontro com Deus.
– Não estou em casa há 6 dias. Não sei quando comi pela última vez. (…) Estou feliz por ter me voltado a Deus enquanto estou cercado pelo sofrimento e pela morte de meus semelhantes – concluiu