De acordo com a prefeitura de Corumbá, a cidade pode perder anualmente até R$ 10 milhões em repasses de verba com a diminuição no número da população. O encolhimento na cidade de Corumbá levantou alerta para a prefeitura da cidade.

A “Cidade Branca” teve a maior redução em números absolutos. A quantidade de habitantes caiu de 103.675 para 96.268, o que representa uma diferença de 7.407 pessoas, ou 7,14% a menos, no intervalo de 12 anos entre os levantamentos.

O que parece ser apenas uma contagem populacional, na realidade poderá influenciar em políticas públicas para a região. O procurador-geral de Corumbá, Alcindo Cardoso, acionou a Justiça para que os números do Censo 2022 sejam revistos na cidade.

“Essa diminuição gera um prejuízo tanto para educação municipal, pra saúde do município. São verbas que são direcionadas, relacionadas à proporcionalidade de habitantes do município. Acaba refletindo na população, já que diminui a receita do município. Então, os investimentos certamente serão diferentes e acabam sendo atendidos com a redução desses repasses federais”, comenta o procurador.

Corumbá tem como cidade vizinha, Ladário. A separação é feita apenas por uma rua. O motivo para o encolhimento habitacional pode estar na relação entre os municípios pantaneiros.

Ao longo dos últimos anos, no bairro Padre Ernesto Sassida, começou a ser levantado um conjunto habitacional. A concentração de residências fica entre Corumbá e Ladário.

Na contagem do Censo 2022, diferente do que ocorreu em 2010, mais da metade da população do conjunto habitacional foi destinada à Ladário.

“Existe fundamento pra que realmente sejam mantidos os habitantes em Corumbá. A população do conjunto habitacional foi realocada pra aquele local e que originariamente estaria residindo aqui em Corumbá. Então entorno de 3.500 a 4.000 ainda são habitantes do município de Corumbá”, pontuou o procurador-geral da cidade.