A nova onda de Covid-19 que atingiu o país nos últimos meses com o surgimento da variante Ômicron dá indícios de que está perdendo força no Brasil. O painel de acompanhamento da pandemia do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) mostra que pela segunda semana seguida caiu consideravelmente o número de casos. E o de mortes continua subindo, mas em velocidade menor, o que pode indicar a proximidade do pico da doença, explicam os especialistas.
A quarta semana epidemiológica de 2022, de 23 a 29 de janeiro, com 1.305.447 casos, estabeleceu o recorde em toda a pandemia no Brasil, iniciada em fevereiro de 2020. Desde então, o acumulado vem caindo.
Na quinta semana (30/1 a 5/2), 1.258.651. Na sexta (6/2 a 12/2), 952.470. Queda de 25% na quantidade de casos registrados em sete dias e de 28% em quatorze dias.
Por outro lado, o número de mortes segue em alta. Na quarta semana do ano, eram 3.723. O número disparou com 40% de aumento no número de óbitos após sete dias, para 5.278. Na última semana, encerrada sábado (12), a velocidade foi reduzida, com avanço de 18%: 6.246.
O diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) Renato Kfouri disse ao R7 que o natural da doença é caírem primeiro os registros de casos, posteriormente as internações e, após algumas semanas, o número de mortes.
“Acho que a gente está no pico da Ômicron, já parando de registrar os casos, mas hospitalizações e mortes ainda subindo, bem alto, mas vai cair. Isso pelo menos é o que está acontecendo em outros países e a expectativa é que ocorra aqui”, analisou o infectologista.
Kfouri comentou, entretanto, que é preciso mais tempo para analisar os dados, minimizando assim eventuais atrasos e falhas nos registros pelo país.
Nesses dois anos de pandemia, o Brasil acumula 638.362 mortes por Covid, com 27.479.963 casos confirmados.
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