Idoso é assassinado por vizinho em BH após briga que seria motivada por racismo

A morte de um homem de 62 anos, no bairro Tirol, na região do Barreiro, teria ocorrido, entre outros motivos, por racismo. O crime aconteceu no domingo (31), durante uma briga que iniciou em um bar e terminou à noite, com o assassinato. O suspeito foi encaminhado para a Delegacia de Plantão, autuado por homicídio e permanece preso. O caso será investigado pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Vizinhos há mais de 10 anos, os dois começaram a se desentender há cerca de um ano e, durante as discussões, o suspeito dizia que “não gostava de preto”, segundo a sobrinha da vítima, Fernanda Almeida, 37. O suspeito foi detido e encaminhado para a delegacia.

“Em todas as brigas ele usava a questão racial. Ele é intolerante a nossa cor. Ele dizia que não gostava de preto sempre que meu tio chegava perto dele”, declarou Renata, se referindo ao suspeito do crime.

Outras possíveis motivações do homicídio envolveriam bebida alcoólica e dinheiro, segundo o cunhado da vítima, Adão Machado, 70. “Onde tem álcool e dinheiro envolvidos dá nisso”, disse, mas preferiu não detalhar a questão. A casa da vítima e do suspeito ficam na mesma rua, e eles chegaram a trabalhar juntos.

A briga entre os homens começou em um bar e, mais tarde, a vítima estava esperando o suspeito no portão da casa deste com um porrete para um acerto de contas. O suspeito alegou à PC que no momento que se deparou com o outro homem sacou uma faca para se defender e eles começaram a se agredir, quando o homem de 62 anos foi atingido por uma facada.

Testemunhas do assassinato acionaram a polícia e cercaram o suspeito, que estava com uma faca e um porrete manchados de sangue. Quando os agentes chegaram, ele foi abordado e encaminhado para a UPA Diamante por estar com uma lesão no cotovelo.

A Polícia Civil informou que o suspeito foi autuado pelo crime de homicídio na delegacia de plantão. O caso fica a cargo do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Fonte: O Tempo