Irene Márcia Teodoro dos Santos foi condenada a 30 anos em regime fechado por planejar matar o próprio pai, Ireno Dias dos Santos, de 70 anos. A decisão foi expedida pela 1ª Vara Criminal de Dourados (MS), e assinada pelo juiz Marcelo da Silva Cassavara.
O amante da técnica de enfermagem, Adaías Oliveira da Silva, também recebeu pena de 25 anos e nove meses de reclusão em regime fechado. Ireno foi morto com 4 tiros e uma facada no pescoço, na propriedade rural onde morava, localizada no distrito de Indápolis, em Dourados (MS), no dia 30 de agosto de 2021.
O terceiro envolvido no latrocínio, que ajudou Adaías a matar Ireno, Elias de Oliveira Villalba, está foragido até hoje.
A mulher recebeu a maior pena por ter planejado o crime. O juiz considerou os motivos de Márcia como egoístas e fúteis, porque tramou o plano para ficar com o dinheiro do pai, mesmo sem saber ao certo quanto havia dentro do cofre.
O caso
Na época, o delegado responsável pelas investigações, Erasmo Cubas, disse ao g1 que Márcia Irene começou a levantar suspeitas quando se contradisse várias vezes em seu depoimento, além de afirmar que formatou o celular no dia do velório do pai porque tinha tido um problema no aparelho.
A mulher também alegou que estava com um conhecido no dia do crime e continuou reforçando esta hipótese, mesmo quando a pessoa negou tê-la visto no dia do assassinato.
Márcia Irene e Adaías foram flagrados por câmeras de segurança entrando em um motel 15 dias antes do crime.
No dia do crime, Adaías e Elias entraram na casa, renderam o neto da vítima e filho de Márcia, na época com 10 anos, e mataram Ireno dos Santos. A mulher esperou os comparsas dentro do veículo que o grupo utilizou na ação.
De acordo com boletim de ocorrência, o homem manteve um relacionamento extraconjugal com Márcia por 2 meses. No dia do crime eles se encontraram nas proximidades de uma escola antes de ir até a casa do idoso.