Policial militar é suspeito de matar a tiros motorista dentro de ônibus na Grande BH

Um policial militar é suspeito de matar a tiros um motorista de ônibus, de 41 anos, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira (15).

Segundo o boletim de ocorrência, Fernando Roberto de Souza dirigia um ônibus de transporte público quando foi assassinado. O suspeito é o policial militar José Irineu de Oliveira Neto, de 36 anos. Ele disse à polícia que vinha sofrendo ameaças de Fernando e, por isso, decidiu cometer o crime.

O policial afirmou que foi até um ponto de mototáxi e pediu ao motociclista que seguisse o ônibus em que a vítima estava. Ao conseguir se aproximar, fez sinal de parada, entrou no veículo e atirou.

Fernando Roberto de Souza dirigia este ônibus do transporte público de Brumadinho quando foi morto — Foto: Folha de Brumadinho

Fernando Roberto de Souza dirigia este ônibus do transporte público de Brumadinho quando foi morto — Foto: Folha de Brumadinho

Ainda de acordo com o boletim, o suspeito fugiu em seguida em um carro que estava com as portas abertas, estacionado próximo ao local do crime.

Pouco depois, o próprio policial, bastante nervoso, ligou para a PM e confessou o assassinato. Ele disse que estava na delegacia para se entregar e lá disponibilizou a arma utilizada no crime, um revólver calibre 38.

Ele foi preso em flagrante após se entregar pela Polícia Civil e encaminhado para uma unidade da PM, conforme prevê a lei.

Equipe do SAMU que confirmou o óbito do motorista no local do crime — Foto: Folha de Brumadinho

Equipe do SAMU que confirmou o óbito do motorista no local do crime — Foto: Folha de Brumadinho

A sogra do policial, que é ex-sogra do motorista de ônibus, esteve na delegacia e também afirmou que Fernando vinha ameaçando o genro e a filha dela, por não se conformar com o fim do relacionamento.

A Polícia Civil fez a perícia no local e levou o corpo para o IML de Betim. Em nota, a Polícia Militar informou que o oficial, que é da ativa, estava de folga e em trajes civis, caracterizando um crime comum, não militar. O suspeito portava uma arma particular. O caso será acompanhado pela corregedoria e as medidas administrativas serão adotadas.