Com uma área de 3,8 mil hectares, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Cisalpina, da CESP – Companhia Energética de São Paulo, abriga cerca de 490 espécies de animais silvestres no município de Brasilândia (MS). O número de espécies já identificadas faz parte do Plano de Manejo da Unidade de Conservação, divulgado pela Companhia recentemente.
Conforme o levantamento, desde a criação da reserva, foram identificadas 108 espécies de plantas, 22 espécies de anfíbios; 12 de répteis, 310 de aves; 92 peixes e 54 espécies de mamíferos. Deste total, 21 espécies estão na lista de plantas e animais ameaçados de extinção de órgãos como o MMA (Ministério do Meio Ambiente) e a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), sendo a maioria delas de aves e mamíferos, tais como: onça-parda (Puma concolor); onça-pintada (Panthera onca), cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), mutum-de-penacho (Crax fasciolata), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e jaguarundi (Herpailurus yagouaroundi).
A identificação destes animais ameaçados foi realizada principalmente por meio de armadilhas fotográficas, durante pesquisas realizadas com instituições parceiras, como a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e UNESP (Universidade Estadual de São Paulo), além de organizações não-governamentais e institutos da região com trabalhos voltados para a conservação do Meio Ambiente.
De acordo com André Rocha, gerente de Sustentabilidade e Operações da empresa, a conservação da Reserva Cisalpina e seu entorno está alinhada aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas), que inclui proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.
“A CESP acredita que a construção do nosso futuro depende de ideias inovadoras e atitudes sustentáveis, o que inclui a conservação das nossas riquezas naturais e proteção da nossa biodiversidade e o Plano de Manejo da Reserva Cisalpina vem ao encontra desse objetivo. Nele, prevemos uma série de ações de monitoramento e conservação da reserva, proteção dos animais que ali habitam e de toda a área em seu entorno”, ressalta.
A Reserva Cisalpina possui 3,8 mil hectares declarados, no entanto as mesmas diretrizes previstas no Plano de Manejo também são aplicadas nos 17 mil hectares de APP (Área de Preservação Ambiental) da companhia existentes no entorno da unidade de conservação. A maioria deles, remanescentes da Mata Atlântica. “Estamos falando de uma área de transição entre Cerrado e a Mata Atlântica, ambos são biomas de extrema importância para o Mato Grosso do Sul e para o Brasil e a conservação deles é o legado que queremos deixar para as futuras gerações”, completa André Rocha.
Plano de Manejo
Dentro do Plano de Manejo da RPPN Cisalpina, estão previstas uma série de ações para conservação ambiental da reserva e do seu entorno. Entre elas, ações de combate a incêndios florestais – a companhia conta com uma brigada de combate a incêndios -, manutenção de estradas e de aceiros; manutenção da estrutura de atendimento e de cercas; portaria 24 horas, entre outras ações.
Para este ano, a Companhia também prevê algumas ações de melhorias da Reserva para a retomada das visitações de alunos para ações de educação ambiental, tais como a manutenção das trilhas. Também deve ser iniciado neste ano um trabalho de incentivo a pesquisas na reserva com universidades e instituições da região. O Plano de Manejo da Reserva Cisalpina está disponível para consultas no site do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul)
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