Mato Grosso do Sul segue acelerando para se tornar a “economia verde” mais rentável e sustentável do País.
Até pode parecer discurso político ensaiado com metas ousadas até 2030, como vem pregando o governador Reinaldo Azambuja.
Fato concreto é que só a Suzano já produz energia limpa, oriunda da biomassa de eucalipto, suficiente para abastecer o consumo equivalente a duas ‘Campos Grandes’.
Segundo Eduardo Ferraz, gerente Executivo Industrial da Unidade da Suzano de Três Lagoas, município localizado a 326 km de Campo Grande, as duas fábricas de celulose em operação geram um excedente de 150 megawatts (MW) médios de energia elétrica para o sistema nacional.
Isso é suficiente para abastecer, por exemplo, uma cidade de 1,9 milhão de habitantes ou, no caso de Mato Grosso do Sul, seria o suficiente para abastecer duas vezes o município de Campo Grande.
Toda essa matriz energética é, quase que na totalidade, composta por fontes renováveis, como biomassa sólida composta por cascas, toretes e rejeitos do processo de picagem da madeira; e biomassa líquida, conhecida como licor negro, e que é responsável pela geração da maior parcela de energia.
Eduardo Ferraz explica, ainda, que as biomassas sólida e líquida são extraídas no processo e direcionadas para a caldeira de força e de recuperação.
Lá, acontece a queima e – em seguida – a geração de energia através de vapor.
Essa energia é utilizada na unidade e o excedente é disponibilizado para o sistema nacional.
Hoje, a população do Estado é de – aproximadamente – 2,8 milhões de habitantes.
Como a empresa já produz energia para 1,9 milhão de pessoas, já seria suficiente para mais da metade da população do Estado e – ao mesmo tempo – para atender Campo Grande duas vezes, tendo em vista que a população da Capital Morena é de cerca de 900 mil habitantes.
O gerente Eduardo Ferraz ressalta que a produção de energia limpa e de fonte renovável faz parte do propósito da Suzano de renovar a vida a partir da árvore.
“Nas metas de longo prazo da companhia, assumimos o compromisso de aumentar em 50% a exportação de energia para a rede brasileira até 2030. Por meio da geração de energia de fonte renovável, estamos contribuindo diretamente para o meio ambiente e para a construção de um futuro mais sustentável”, detalha Ferraz.
Até o final de 2024, uma nova unidade industrial da Suzano vai entrar em operação no Estado.
Desta vez, o município será Ribas do Rio Pardo, que está localizado a cerca de 100 km de Campo Grande.
Por lá, serão produzidos 466 MW médios, dos quais o excedente será de 180 MW – o suficiente para atender uma população de 2,3 milhões.
Em Ribas do Rio Pardo, o processo de produção de energia elétrica na nova fábrica, que será limpa e renovável, também ocorrerá pela produção de vapor nas caldeiras de força e recuperação química, alimentando três turbinas acopladas aos geradores de energia elétrica.
A partir daí, todas as unidades industriais de celulose, juntas, poderão levar energia para 4,2 milhões de habitantes, ou seja, um Mato Grosso do Sul e meio.
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