Após castrações, população de capivaras na Lagoa da Pampulha diminui quase 80% em cinco anos

O número de capivaras na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, caiu de 56 para 12, em cerca de cinco anos  uma queda de 78,5%. A informação foi divulgada pela prefeitura. O animal é um dos hospedeiros primários da bactéria causadora da febre maculosa, doença que chegou a provocar mortes em outros estados do Brasil.

A Secretaria Municipal de Saúde explicou que, por questões de saúde públicafoi preciso reduzir a reprodução desses bichos, trabalho que vem sendo feito desde 2017, por meio da castração. O animal pode abrigar o carrapato-estrela, principal transmissor da febre maculosa.

O município explicou que a queda se deu, também, por motivos como a morte delas por causa da idade, disputas por território com outros animais da mesma espécie ou cotidianos na fauna no local.

“Uma vez que a Lagoa da Pampulha é um ambiente relativamente isolado pela urbanização ao redor, outras capivaras não chegaram ao local e a população se manteve estável, sem reprodução diminuindo naturalmente, como era esperado”, disse o município por nota.

 

A prefeitura afirmou que em 2023 e 2022 não foram registrados nenhum caso de febre maculosa em Belo Horizonte. A doença é mais comum na época de seca, entre abril e outubro. Isso porque há uma predominância do carrapato transmissor nos estágios de larva e ninfa, de mais difícil visualização.

Mortes em Minas

 

Duas mortes por febre maculosa foram confirmadas em Minas Gerais este ano, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. As cidades dos registros não foram divulgadas.

Entre janeiro e junho deste ano, foram nove casos da doença no estado. Ainda segundo a pasta, os registros acontecem com maior frequência nas regiões Central, Vale do Aço, Leste e Sul do estado.

Em 2022, 27 casos e seis mortes pela doença foram registrados.

O órgão salientou que, embora os casos possam acontecer o ano todo, trata-se de uma doença sazonal, ou seja, aparece com maior frequência em determinadas épocas do ano.

A secretaria afirmou que está trabalhando, por meio de monitoramento e vigilância dos casos, vigilância ambiental nas áreas de risco e na divulgação de notas e materiais informativos.