Após terceira reunião, segue impasse sobre reajuste da tarifa de ônibus em BH.

Ainda segue indefinido a discussão sobre um possível reajuste da tarifa de ônibus em Belo Horizonte. Após a terceira reunião com Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), em menos de uma semana, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou, na manhã desta quarta-feira (15), que um novo encontro vai ocorrer na quinta-feira (16). Kalil disse que provavelmente será a última reunião.

O chefe do executivo afirmou que o Setra-BH sinalizou que não consegue ainda congelar o valor das tarifas e que a prefeitura não consegue conceder a gratuidade da passagem sem o congelamento das tarifas. “O que está pegando é questão de planilha, de matemática, de engenharia financeira para que a gente feche essa conta e o usuário – catracado – que paga a passagem,  não seja prejudicado”, declarou o prefeito.

A discussão que pautou os últimos encontros entre o executivo municipal e o Setra-BH girou em torno do subsídio da passagem à população e trabalhadores que possuem gratuidade, mais o congelamento do valor da tarifa. “Nós realmente queremos aliviar a gratuidade”, afirmou. “A gratuidade não pode cair no preço da passagem”, arrematou o prefeito.

O prefeito disse ainda que após aprovação, o tema será levado à Câmara Municipal em caráter de urgência. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), Raul Lycurgo Leite, afirmou que o colapso no sistema de transporte é grande e que é preciso avaliar a sustentabilidade de um novo acordo com a PBH.

“A alta do diesel é de 60%, do IPCA é de 10%; IGPM de 30%. Nossos custos são mais aderentes ao IGPM. Estamos falando de inflação alta nos serviços”, elencou.

Lycurgo pontuou que até dia 26 de dezembro, o Setra-BH deve fechar a fórmula paramétrica, cujos cálculos atualizam o valor monetário da tarifa. Em anos anteriores, o cálculo era fechado no dia 26 e sua aplicação ocorria já no dia 29.

A última vez que a tarifa de ônibus subiu em Belo Horizonte foi em dezembro de 2018, quando passou de R$ 4,05 para o valor atual, de R$ 4,50.

JORNAL O TEMPO