Crise hídrica: plano de gestão das águas em Minas Gerais deve ficar pronto só daqui a 15 meses
Especialistas dizem que iniciativa é tardia, pois a população já sente na pele a escassez de água.
O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) vai contratar uma empresa de consultoria especializada para elaborar um planejamento de segurança hídrica em Minas Gerais, que deve ser finalizado somente daqui a 15 meses.
A iniciativa é aprovada pelos especialistas, porém considerada tardia, pois os moradores de vários municípios do estado já sentem na pele a escassez de água.
“O bom plano é aquele que você faz antes da crise. Essas informações já estavam disponíveis para todos os gestores, seja no nível federal, seja no nível estadual, há muitos anos”, afirma Marcos Polignano, secretário-geral do Comitê da Bacia do Rio das Velhas.
Na capital, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) diz que o atendimento aos clientes está normal e que a situação do abastecimento na Região Metropolitana está adequada para o período, porque o nível dos reservatórios do Sistema Paraopeba está acima de 70%
Atualmente, a cada dez litros de água que abastecem as cidades da Grande BH, seis vêm do Rio Paraopeba e seus afluentes. O restante vem do sistema do Rio das Velhas, que passa por uma situação muito mais crítica.
“Nós estamos no limite muito tênue para termos ou evitarmos qualquer processo de limitação da capacidade para Belo Horizonte”, diz Marcos Polignano.
G1 MG