BHTrans vai acionar a Justiça para garantir funcionamento mínimo de ônibus durante a greve.
O presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Diogo Prosdocimi, disse que a decisão judicial que ordenou funcionamento de, no mínimo, 60% da frota foi descumprida em todas as estações de ônibus da capital na manhã desta segunda-feira (22), primeiro dia de greve.
A empresa vai acionar a Justiça para tentar garantir a circulação exigida dos coletivos até o final do dia.
De acordo com o último balanço da BHTrans, até as 11h, as estações realizaram, no máximo, 55% das viagens programadas. Desde as 7h, as estações Barreiro e Diamante não tiveram circulação de ônibus.
Confira a porcentagem de viagens realizadas em relação às programadas na faixa das 10h às 11h:
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Barreiro: 0%
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Diamante: 0%
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Pampulha: 45%
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São Gabriel: 45%
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São José: 11%
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Venda Nova: 37%
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Vilarinho: 55%
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Demais Linhas: 35%
“As estações Diamante e Barreiro são as que têm maior problema, mas nenhuma das estações, pelo menos até a última informação que eu tenho, de 10h, 10h30, cumpriu o mínimo determinado pela Justiça de 60%”, disse Prosdocimi.
A partir das 11h, os ônibus começaram a circular na estação Diamante
Confira a porcentagem de viagens realizadas em relação às programadas na faixa das 11h às 12h, segundo a BHTrans:
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Barreiro: 0%
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Diamante: 7%
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Pampulha: 45%
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São Gabriel: 45%
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São José: 0%
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Venda Nova: 34%
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Vilarinho: 50%
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Demais Linhas: 40%
Os poucos ônibus que circularam na manhã desta segunda-feira (22) em BH ficaram lotados
A decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG) determinava o funcionamento de, no mínimo, 60% da frota durante a greve, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Segundo Prosdocimi, a equipe jurídica da prefeitura vai notificar o Tribunal para que empresas de ônibus e trabalhadores cumpram a decisão judicial. Uma reunião entre as duas partes está prevista para as 14h30 na sede do TRT-MG, em Belo Horizonte, sem a participação do Executivo.
Estação de ônibus São Gabriel, em Belo Horizonte.
O sindicato dos trabalhadores pede reajuste salarial (INPC e perdas dos últimos anos), retorno do ticket nas férias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limitação do passe livre. Já as empresas alegam uma “crise sem precedentes”.
“É uma questão negocial entre trabalhadores e empresas, esperamos que eles cheguem a um acordo o mias rápido possível. O que a BHTrans vem fazendo é monitorando a decisão do mínimo de greve. Os agentes estão circulando nas estações para fazer relatórios e encaminhar para a Justiça para que o mínimo seja cumprido com a maior responsabilidade possível”, afirmou.
Ponto de ônibus lotado próximo à estação São Gabriel, em BH, em dia de greve no transporte coletivo.
O presidente da BHTrans disse que as empresas de ônibus solicitaram judicialmente um reajuste na tarifa de ônibus da capital e, portanto, o assunto será tratado na Justiça. Na última sexta-feira (19), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) falou que não haverá aumento de passagem no final deste ano.
A última alta ocorreu em 2018, quando a tarifa pastou a custar R$ 4,50.
G1 MG