Um homem de 50 anos foi preso suspeito de tentar matar a ex-mulher, de 33, em Contagem, na Grande BH, no fim da tarde desta quarta-feira (13). O crime foi na porta da escola onde o filho dela estuda. Dois homens conseguiram impedir o assassinato.
O motorista de aplicativo Giovani Rodrigues de Oliveira tentou matar a ex com uma faca. A tentativa de feminicídio foi no horário de saída da aula e crianças e pais estavam em frente à escola.
A vítima disse que ia buscar o filho, de apenas 7 anos, quando foi abordada pelo ex-companheiro que não aceitava o fim do relacionamento.
Ela falou ainda que já vinha sofrendo ameaças há algum tempo, mas não acreditava que ele seria capaz de tentar matá-la. Dessa vez, ela foi surpreendida por ele e arrastada até uma esquina quando ele tentou dar a primeira facada. A vítima não foi atingida e conseguiu correr.
Assustada, ela preferiu não gravar entrevista. Um homem que estava na porta da escola viu a mulher estava sendo atacada e correu para ajudar.
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“Quando ela começou a chorar e ficou nervosa, ele já puxou a faca da cintura e tentou esfaquear ela. Foi nesse momento que eu entrei em luta corporal com ele, a gente caiu no chão e ele me deu algumas facadas”.
Revoltados com o crime, outras pessoas que estavam na rua tentaram linchar o agressor, mas guardas municipais que faziam a segurança na porta da escola conseguiram protegê-lo e levá-lo para o hospital, onde ele foi medicado e liberado.
O guarda municipal Marco Aurélio Mota falou que a guarnição estava por perto, chegou rápido e conseguiu afastar a população e evitar o linchamento. Um reforço foi pedido e eles conseguiram tirar o suspeito do local.
Há cerca de três meses, de acordo com a Guarda Municipal, Giovani já havia sido preso por violência doméstica contra a mesma mulher. Na época, ele pagou fiança e foi liberado. Dessa vez, o motorista de aplicativo deve responder por tentativa de feminicídio e por tentativa de homicídio, crimes hediondos que não permitem o pagamento de fiança.
O homem que salvou a mulher ficou ferido nas pernas, nas costas e na mão, e levou mais de 20 pontos. Apesar dos ferimentos, ele acredita que fez coisa certa e não se arrepende.
“Pensei na minha mãe, na minha irmã. É o que eu queria que fizessem caso elas tivessem em alguma situação perigosa”.
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G1 MG