Mercado aumenta previsões para inflação e juros e reduz as do PIB.

O mercado financeiro aumentou a previsão para os valores da inflação em 2021 e 2022, reduziu as expectativas para o crescimento do PIB nos dois anos e prevê, agora, uma taxa de juros para o próximo ano maior do que a imaginada há uma semana. As conclusões estão no Boletim Focus, do Banco Central. O relatório é produzido após consulta com agentes do mercado financeiro.

No caso da inflação, os analistas passaram a prever um índice de 9,33% ao fim de 2021. Com isso, o IPCA vai deve ficar ainda mais distante do centro meta do BC para a inflação, que era de 3,75%, e também muito acima do teto estabelecido pela entidade, que era de 5,25%. Há uma semana, a previsão para o IPCA estava em 9,17% e, há um mês, em 8,59%. Já para 2022, o mercado agora estima uma inflação em 4,63%. Na semana passada essa estimativa era de 4,17%.

Os operadores também apostam em uma alta de juros. Embora a estimativa para a taxa Selic no final de 2021 tenha se mantido em 9,25%, houve aumento de 0,75 ponto percentual para o ano que vem. Agora, o mercado estima que a taxa terminará o próximo ano na casa de 11%. Há uma semana, o cálculo dava conta de uma Selic de 10,25% e, há quatro semanas, de 8,75%. Hoje, a Selic está em 7,75%

O mercado também reviu para baixo as estimativas de crescimento do país. Para 2021, a variação foi pequena: passou de uma aposta em alta de 4,94% para uma alta de 4,93%. Para 2022, porém, os analistas que previam um crescimento de 1,2% há uma semana agora apostam em 1% de crescimento da economia brasileira.

JORNAL O TEMPO

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