Operação cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de golpes a militares em Minas Gerais

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) fez, na manhã desta quarta-feira (15), uma operação para combater estelionato e lavagem de dinheiro contra policiais militares e militares das Forças Armadas da reserva e pensionistas.

Segundo as investigações, mais de 30 pessoas caíram no golpe e o prejuízo chega a R$ 700 mil. Uma das vítimas perdeu mais de R$ 200 mil.

“O Ilusionista” cumpre 11 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva. Segundo o MPMG, as determinações judiciais foram cumpridas em Belo Horizonte, em ContagemBetimIbirité e Mateus Leme, na Região Metropolitana, e São Francisco, no Norte de Minas Gerais.

O golpe

 

Representantes da Polícia Militar, do MPMG e da Polícia Penal participaram de uma coletiva de imprensa, nesta manhã — Foto: TV Globo

Representantes da Polícia Militar, do MPMG e da Polícia Penal participaram de uma coletiva de imprensa, nesta manhã — Foto: TV Globo

As investigações apontaram que uma organização criminosa praticava diversos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. O grupo criminoso atuava, em sua maioria, contra policiais militares e militares das Forças Armadas da reserva e pensionistas, geralmente pessoas idosas ou portadoras de doenças graves.

Segundo as investigações, mais de 30 pessoas caíram no golpe — Foto: MPMG

Segundo as investigações, mais de 30 pessoas caíram no golpe — Foto: MPMG

O MPMG informou que essas pessoas eram enganadas com falsas alegações de que teriam direito a vantagens em dinheiro por causa de ações judiciais contra entidades de previdência privada ou de seguros de vida.

Criminosos utilizavam nomes de autoridades do alto comando da PM para dar credibilidade ao golpe — Foto: MPMG

Criminosos utilizavam nomes de autoridades do alto comando da PM para dar credibilidade ao golpe — Foto: MPMG

Os criminosos convenciam as vítimas a depositar grandes valores que seriam referentes a falsos honorários ou custas processuais, sob a alegação de que depois haveria a liberação do dinheiro.

Os criminosos utilizavam, ainda, nomes de autoridades do alto comando da Polícia Militar para dar credibilidade ao golpe.

Além do MPMG, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 11ª Promotoria de Justiça, participaram da operação:

  • Polícia Militar de São Francisco;

  • Batalhão de Polícia de Choque;

  • Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam);

  • Companhia de Policiamento com Cães e Diretoria de Inteligência da PM;

  • Polícia Penal.

 

Ao todo, dois promotores de Justiça, dois servidores do MPMG, 63 policiais militares e dois policiais penais participaram da ação.

Participaram da operação promotores de Justiça, servidores do MPMG, policiais militares e penais — Foto: MPMG

Participaram da operação promotores de Justiça, servidores do MPMG, policiais militares e penais — Foto: MPMG

‘O Ilusionista’

 

Na definição do Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, ilusionismo “é arte de criar ilusão por meio de artifícios e truques”.

O nome da operação é uma referência às estratégias enganosas utilizadas pelos criminosos para colocarem nas vítimas a ilusão de que teriam grandes quantias a receber em ações judiciais que, na verdade, nunca existiram.

"O Ilusionista" cumpre 11 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva — Foto: MPMG

“O Ilusionista” cumpre 11 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva — Foto: MPMG

G1 MG