Partido Novo entra com ação contra Kalil por propaganda eleitoral fora de época

O Partido Novo voltou a acionar o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) contra o ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo do estado, Alexandre Kalil, por propaganda eleitoral fora do período permitido. Na ação, Kalil é acusado de pedir “expressa e explicitamente” votos durante uma viagem a Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. É a segunda vez que a sigla aciona o órgão por conta de publicidade extemporânea.

O documento aponta que Kalil disse a seguinte frase, que foi gravada em vídeo: ” [podem contar com] a minha boa vontade, o meu caráter e a minha palavra…, mas EU PRECISO do engajamento e do voto maciço dessa região pra mim, pro Alexandre, pros deputados (…)”.

A ação ainda enfatizou que o vídeo foi publicado na rede social do ex-prefeito, “ampliando assim o alcance da sua propaganda eleitoral extemporânea, o qual restou devidamente documentado e autenticado em ata notarial anexa”.

Conforme o partido, a propaganda eleitoral só é permitida a partir do dia 16 de agosto. “Nesse sentido, é evidente o intuito de captação eleitoral do Representado, pré-candidato ao Governo de Minas Gerais: ele, explicitamente, pede o voto maciço daqueles presentes, e depois divulga em sua rede social ampliando o alcance da ilegalidade para seus mais de 250 mil seguidores”, acrescentou a ação. O Novo pede ainda o pagamento de multa de R$ 25.000.

A pré-campanha de Kalil informou que o departamento jurídico não foi notificado e que se manifestará nos autos do processo quando receber a notificação.

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Partido entrou com outra ação em abril

Por conta de outro vídeo publicado nas redes sociais do ex-prefeito, o partido Novo acionou o TRE-MG em abril deste ano por publicidade extemporânea. Na publicação, Kalil responde comentários e perguntas feitas por seus seguidores nas redes sociais. Em determinado momento, é lido um comentário que diz que “é Kalil na cabeça e Zema nunca mais”. Para o Novo, o comentário foi uma “clara alusão em substituir o atual Governador do Estado, Romeu Zema, em nítida referência ao pleito eleitoral, incitando disputa eleitoral ainda inexistente”.

O pedido de liminar não foi deferido pela Justiça Eleitoral, mas o mérito da ação ainda será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

JORNAL O TEMPO