
Trabalhadores da Petrobras iniciaram, nesta segunda-feira (15), uma greve por tempo indeterminado após semanas de assembleias e a rejeição da segunda contraproposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa sindicatos da categoria em todo o país, a proposta não avançou em três pontos considerados centrais nas negociações. Entre eles estão o fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que geram descontos adicionais na remuneração de trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas para cobrir déficits do fundo de previdência da estatal.
A entidade também cobra aprimoramentos no plano de cargos e salários, além de garantias contra mecanismos de ajuste fiscal. Outro ponto destacado é a defesa de um modelo de negócios voltado ao fortalecimento da Petrobras, com críticas ao avanço de parcerias e terceirizações que, segundo os sindicatos, precarizam as relações de trabalho e podem abrir caminho para privatizações.
Em nota, a Petrobras informou que foram registradas manifestações em unidades da companhia em razão do movimento grevista. A empresa afirmou que não houve impacto na produção de petróleo e derivados e que medidas de contingência foram adotadas para assegurar a continuidade das operações, garantindo o abastecimento ao mercado.
“A empresa respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas”, informou a Petrobras.
A estatal acrescentou que segue empenhada em concluir a negociação do acordo coletivo na mesa de negociações com as entidades sindicais.


